Um colchão, três corpos...
Duas fêmeas, um macho...
Uma loira, uma morena e o macho que era eu mesmo...
Quatro seios, duas bocetas, três línguas.
Vinho tinto por sobre a anatomia da loira
Vinho branco por cima da beldade da morena
Quase fiquei bêbado embriagado pelas uvas.
Um cachorro, duas cadelas...
Quatro seios na minha boca.
Na minha boca os pelos da morena
No meu membro os pelos da loira
Que sabor louco, que prazer alucinante...
As duas bocas femininas se tocando no mesmo instante
Foi assim por toda a noite, a minha surra foi de açoite...
Foi assim por todos os momentos, muito calor nos pensamentos...
Depois do açoite, a loira de quatro na cama...
Minha boca mui profana na boceta borbulhante
E a da morena na caceta enrijecida.
Que sabor, que prazer, que guarida...
Nada mais quero nesta vida.
Que ardor, quanto ter, quantas mordidas...
A minha alma entorpecida
Os meus reflexos de cada instante
São os delírios de três amantes
Que só querem amar por toda a vida
Cada momento, cada instante...
Com o fogo e o amor que nos semblantes
São os reflexos inebriantes...
Da carne viva dos bons amantes.
Perplexos de prazer e ávidos de amor
Gozaram assim por toda a noite:
Na minha boca a loira errante
Gritou um gozo alucinante
Chorou versos pra minha língua
E a morena linda, muito contente...
Na minha pica abriu os dentes
Num gozo de amor
Num querer mais que profundo
E lá no fundo do meu peito
Ardia a vida, ardia o leito...
E o meu prazer veio da guarida
Por dentre as pernas da loira ativa
Na boca a flor da morena amante.
Por Deus, pelos céus, em cada instante...
Num pensamento mais que contente
Vi-me nos céus, no paraíso...
Este é o meu Éden, é o que preciso...
Pra ser feliz, pra ser preciso...
Dos dois sorrisos das duas amantes.