Poesias

Surrealistas            

Não

Não quero ser o que não sou.

Não paro para pensar no que não sei.

Não espero de outrem o que não dou.

Não quero de ti o que não deres.

 

Encarcerei o meu espírito na garganta.

Apedrejei quem cometeu o que cometi.

Interroguei crianças inocentes.

Destronei divinas providências.

 

Não quero reparar o que passou.

Não vivo a remoer o que vivi.

Não presto atenção ao que ficou.

 

Sem saber, dilacerei meu coração por ti.

Sem entender, dor e tristeza é o que escrevi.

Em contrição, criei uma oração para ti. 

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 19/03/2001


 
 

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