Deus; perdoe este pobre que te renega!
Ouça a minha oração, eu te imploro!
Pois este corpo, que para ti não se entrega,
É o mesmo corpo onde por ti oro!
Minha língua áspera, dilacera em descrença,
A crença desta massa que se esmaga!
Pois a praga da dúvida é uma doença,
Que me martiriza e se torna uma chaga!
Compreendei a razão deste teu filho!
Entendei que ele sofre por ti,
Sendo esta alma infeliz no exílio!
Renovai por amor o poder de sua crença,
Para que enfim este espírito descanse,
Nos teus braços, no teu corpo, da descrença!