Poesias

Sagradas            

Perdão!

Deus; perdoe este pobre que te renega!

Ouça a minha oração, eu te imploro!

Pois este corpo, que para ti não se entrega,

É o mesmo corpo onde por ti oro!

 

Minha língua áspera, dilacera em descrença,

A crença desta massa que se esmaga!

Pois a praga da dúvida é uma doença,

Que me martiriza e se torna uma chaga!

 

Compreendei a razão deste teu filho!

Entendei que ele sofre por ti,

Sendo esta alma infeliz no exílio!

 

Renovai por amor o poder de sua crença,

Para que enfim este espírito descanse,

Nos teus braços, no teu corpo, da descrença!

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 24/07/2002


 
 

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