Poesias

Poetas Assassinados            

Elís Regina!

Sei que estás no lado de Deus pois és irmã do nosso senhor Jesus Cristo.

 

Elís! Sei que a sua vida foi penosa e infeliz, que  dor no coração,  foste uma máguina cantora, foste um poço de sentimentos, foste a inteligência ao extremo, és a sabedoria oriental, foste uma grande mãe, sem dúvidas nenhuma uma excelente mulher.

 

Elís! Eu ainda no berço de minha jovialidade infantil, desejava me casar com você e no ápice de meu tesão musical, ouvia repetidamente com eloquência, a orquestração de sua voz sinfônica.

 

É muito triste, mas sem dúvidas tenho que tratar e desmistificar a sua desgraçada morte.

 

Muito mais do que vítima do produto daqueles que gostam de levar vantagem em tudo certo; foste vítima da infelicidade de ter encontrado indivíduos incapazes de perceber em ti, a tua superioridade, a tua grandiosidade.

 

Que pena Elís que pena, não pude te conhecer, não pude te socorrer, não pude dar sentimento e sentido a sua vida, perdi você tão cedo, que ainda sinto quando ouço as suas canções; minha flor de força e de fraqueza.

 

Senhores malditos, não empurrem os seus produtos, a título de liquidação, para aqueles que demandam e que têm fome.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999


 
 

Categorias Poéticas:


Eduardo Gomes          Tel.: 55 - 71 - 98148.6350     Email: ebgomes11@hotmail.com