Poetizar o amor, beira o banal?
Visto ser impossível,
Descrever tal sentimento,
Sem ser primário, caricatural!
O poeta do absurdo,
Deve versar sobre tudo e nada,
Deve antepor, bem e mal,
Deve fugir ao coloquial!
Para que os estômagos mais predatórios,
Consumam-no com o gosto,
Dum forte frisson!
Indignando-se, irritando-se, lamentando-se,
E até maldizendo o poeta,
Que não profetiza bondades ou maldades. Simplesmente versa!