Não há motivo de vingança
Em seus olhos alquebrados.
A vingança, essa ave desalmada
Sobre o Delta a planar sozinha:
Sem princípios nem inspiração,
Rechaçada pelo azul celestial
Que se espelhava no rio.
O amor é também assim:
Um punhal africano
Encravado no tronco do baobá.
Fez-me este poema ao rio...
Mas não desfez de suas águas
O lasso dos bichos afogados.
Ainda se evapore a inspiração,
Que eu preserve o Okavango.