Poesias

MARCOS MALFATTI            

Religião: Uma Demência Coletiva (Marcos Malfatti)

A época contemporânea é a época da crítica, à qual tudo (e todos) tem que se submeter. Dói imaginar que a maioria das pessoas jamais será capaz de superar essa visão da vida.

A religião prestou ao amor um desserviço: fez dele um pecado.
Mesmo quando se afasta da religião, o homem permanece submetido a ela e se consome forjando simulacros de deuses e os adotando de modo passional (no sentido doentio desse termo). Sua necessidade de crenças, de ficção e de mitologia, triunfa sobre a evidência, a racionalidade e o ridículo. Seu ímpeto em adorar é responsável por todos os seus crimes. Ele ama indevidamente a um deus e quer obrigar os outros a amá-lo (e da mesma forma), planejando, inclusive, exterminá-los se recusarem a fazê-lo.
Mais vexatório ainda é enxergar a imensidão de pessoas que não podem deixar de perceber que a religião é insustentável e, apesar disso, tentam defendê-la, a todo instante e a todo custo, numa série de lamentáveis retrocessos.
O indivíduo que consegue se livrar da religião está livre de uma neurose imposta e passa a ter uma oportunidade de viver uma vida mais completa e dentro de uma normalidade.

A religião representa o medo dos poderes invisíveis, inventados ou imaginados a partir de relatos fragmentados, constituindo o suspiro da pessoa oprimida e o coração de um mundo sem alma. É um controle mental que supre o juízo e a razão que falta em muitas pessoas.

Texto de Marcos Malfatti...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 28/03/2019


 
 

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