Poesias

Livros            

Livro Vulcano!

texto

Livro Vulcano by Eduardo Gomes:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prefácio:

 

A emoção que eu senti quando meu pai me pediu para escrever este prefácio foi inexplicável!

 

Grande como meu amor por ele!

 

Imenso como meu respeito!

 

E feliz, feliz tal como a sensação de quando o sinto pertinho de mim!

 

Quando eu soube o que significava prefácio eu me senti importante, uma celebridade, já que quem escreveu o começo fui eu! Assim como ele escreveu o começo da minha vida com a minha mãe.

 

E essa sensação tão pura e grande não pode ser transmitida por nenhum sentimento além do amor.

 

O amor puro de uma filha para com o seu pai.

Autor: Luiza Gomes
Data: 26/06/2002 aos 12 anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vulcano:

 

Quando dois vulcões se encontram num ato perpétuo de amor, as suas lavas incandescentes escorregam por suas crateras, petrificando qualquer objeto que se imponha em seus caminhos.

 

Aniquilando com seus gozos magmáticos qualquer forma de vida que desprevenidamente transite em seus tortuosos horizontes.

 

Gerando por filhos, novas pedras, novas terras, novas ilhas, novos continentes, num ato fervoroso de amor; de amar avassalador de frágeis existências vívidas que têm por morte os seus destinos.

 

Mas o fogo que escorre dessas paixões intraterráqueas, é o mesmo fogo que corta nossos corações, que devora nossas almas ensandecidas e incendeia os nossos instintos, ó dolce vita, ó magnética fruta espirituosa do amor.

 

Quando nos colocamos cara a cara, face a face, gozo a gozo no nosso ato multifacetado de amor.

 

Ó encantadora forma vulcânica e feminina; só desejo que venham das entranhas dos nossos corpos ardentes, as lavas incandescentes e vivificantes de amor, que serão o sustentáculo perpétuo de nossa união magmática e que fornecerão os frutos atemporais, incandescentes, fortes e viris, que farão parte da união de nossos magmas resfriados.               

Autor: Eduardo Gomes
Data: 31/12/1999

 

 

 

 

 

 

 

 

Teatro Ocavongô ou Teatro de Ouvido ou Teatro Eduardo Gomes!

 

Arquitetura do Teatro:

 

Uma espectadora para um intérprete...

 

Um espectador para uma intérprete...

 

Vários espectadores; para vários interpretes... Separadamente e simultaneamente...

 

Conteúdo Programático:

 

Recital de poesias, textos, piadas, músicas e etc... Diretamente interpretado no ouvido do espectador...

 

Poesias:Teus Olhos, Canyon, Vulcano, Shirlene Conceição, Morena, Capitalizando Imbecis, Vida Errante, Face, Vagina, Boceta, Tesão Vaginal e etc... 

 

Textos:O Ocaso do Pensamento, Time Sharring Division, O Andarilho, Arte, Mentira ou Dissimulação e etc...

 

Piadas:Diversas...

 

Músicas:Diversas... Preferencialmente Românticas...

 

As faces devem estar coladas ou não em sentidos contrários, sendo que a boca do intérprete deve estar disposta junto ao ouvido do espectador...

 

O intérprete não pode ter mal hálito ( deve ter acabado de escovar os dentes ), não deve utilizar nenhum tipo de perfume ou qualquer odor que não seja o do corpo recém tomado banho, não deve utilizar desodorante ( utilizar o talco Cutizanol que é inodoro ).

 

A voz do intérprete deve ser adequada para o tipo de apresentação, deve ser suave, o tom tem de ser: baixo e agradável, a voz deve ser melódica...

 

Em apresentações particulares o interprete poderá utilizar o que for ao gosto do espectador...

 

Locais de Apresentação:

Teatros físicos,

Ao ar livre,

Nos motéis,

Nos puteiros,

Nos restaurantes,... A dois!

Nos bares,... A dois!

Em qualquer lugar, em qualquer momento!   

 

As apresentações podem ser singulares ou mistas:

 

Singulares:Só poesias! Só músicas! Só piadas! Só textos! E etc...

 

Mistas:Um texto, uma piada, uma poesia, uma Música e etc...

 

Nota: Este teatro é evolucionista e aceita sugestões de outras cabeças pensantes...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 12/04/2003

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arte, Mentira ou Dissimulação?

 

O artista ilude não só para o seu próprio gozo, retificando a realidade com o intuito virtuoso e sinistro de desmistificar a bestialidade que nos impera. Forjando laços recorrentes de inverdades, transformando esterco em lindas beldades por pacto, por erudição, por dissimulação com o apoio velado de toda a sociedade que simplesmente da realidade, fervorosamente não a suporta...

 

Que seria da prosa se não houvesse o perfume doce da poesia? Seria triste imaginar um mundo onde tudo que se versasse tivesse apenas compromisso com o real, abandonando a prerrogativa de sonhar, deixando de lado a qualidade do não ser e ser apenas ceticismo ante a visionariedade que nos cala as tormentas do quotidiano.

 

Que espécie de cheirume escravagista de mentes teríamos de consumir de então, se nos quadros, telas nada mais que naturezas mortas fossem tingidos. E o novo, o belo que nos encanta e nos produz sentido metafórico à vida, por onde andariam? Quem seriamos: Senão máquinas se podássemos do artista a prerrogativa de  criar, inventar, recriar, mentir, dissimular, mistificar, sacralizar e ludibriar ao seu público que encantado, extasiado, sorri ou chora e também sente.

 

Por onde navegariam nossas angústias senão sobre nossas testas se não pudéssemos fingir apenas, não temos razão para não ser felizes e radiantes, alegres e sorridentes eis que da vida nos cabe a melhor parte e se se falar de morte que se minta e que se a mate.

 

Qual perverso seria o mundo sem a arte que nasceu com a ascensão mental do homem desde as eras mais primitivas, subtilmente grafando em pedras seu mundo interior e ulterior... Quantas poesias nestas pedras, quantos versos de dor e tristeza, quanta glorificação à caça que nos foi por milênios nosso tenro alimento.

 

Portanto caros artistas (pintores, poetas, filósofos, consortes, músicos, cientistas, religiosos, escritores e etc ) mintam, dissimulem: Reprocessem esta maldita realidade mesquinha e não permitam que ela nos abata e nos deprecie... Construam castelos de areia, vidas imaginárias, salvações e metáforas que nos façam suportar esta passagem terrenalista (única eu sei, mas não devo acreditar! ) da melhor forma possível!

 

E a melhor forma é gozar de prazer no bojo da arte, no balaio de gatos da poesia, na sinfonia desarmônica da música quotidiana, na felação da verdade pelos religiosos... E que não sejamos jamais pobres de espírito condenando a arte e seus aficionados por todo os conjuntos de mentiras que se fazem necessárias para que não percamos a lucidez no meio de tanta destruição, incompreensão e degradação que nos rodeiam...

 

Filhos que somos desta mãe impiedosa, a Natureza, mas que mesmo assim não devemos deixar de amá-la pelo simples fato de ter nos permitido forjar a arte, mesmo que seja com tijolos de mentira numa argamassa dissimulada!

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/12/2004

 

 

 

Katucha!

 

À minha mãe com muita saudade!!!

 

N’um traço sensível d’eternidade; o pincel.

Na mão suave d’uma poetisa,

Poesias vivas sobre as telas,

Retratando belezas exóticas, nativas.

 

D’óleo rubro; a boca sensual...

Traços marcantes inundam os olhos; lágrimas: d’alegrias, de dor...

Marcam n’alma, admiradores delirantes...

Do lirismo que enaltece qualquer tela.

 

Artista de espiritualidade cativante,

Personifica matéria em vida,

N’uma originalidade d’uma Diva!

 

Sete dias, dez trabalhos, u'a mente,

Articulando para o gozo inebriante,

Dos Humanos que introjetam o que sentes...

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 14/08/2003

 

Poetas Assassinados:

Por traz do Capital Norte Americano encontrava-se o Capital Especulativo Internacional Aristocrático-religioso; construindo paradigmas dignos de sua própria essência, em excrescência, pederastia, mel, fel e cicuta. Assassinato de todos os poetas intelectualizados do mundo que versassem as verdades, até dentro de seu próprio povo, sábios e cultos, com o intuito, não mais secreto de se perpetuar no poder, matando à ordem do ódio, da cobiça, do etnocentrismo, do sectarismo, do genocídio equivocado, da ultra-pederastia; utilizando-se de assassinos profissionais prostituídos de diversas classes sociais e de trabalho, inclusive intelectuais e principalmente militares e grupos de extermínio; incapazes de pensar na articulação de um mundo melhor, o nosso mundo que hora implantamos, excluindo-se hoje em dia do seu âmago interior e de sua essência por pertencerem à um passado de genocídios e atrocidades em nome da manutenção do dinheiro e do poder em suas mãos, ignorantes da providência natural divina que tudo controla sorrateiramente (mutação,seleção,evolução), a qual tentaram imbecilmente aniquilar como se pudessem ir de encontro à Natureza do Homem e pudessem jogar contra ela, quebrando o paradigma Natural da Evolução e implementando o paradigma religioso da Involução, ignorantes da miséria da hora de passagem, na qual nem mesmo o Espírito se leva, os dito aristocratas-capitalistas-selvagens que os chamo de devoradores de pica vorazes, hora não nos servem mais de empecilho. Aos golpes do machado bronco, derrubou-se a alma do velho tronco, que teve de ser cercado e podado para que nós vivamos e o passado que se adeque ao que nós os imputarmos ou então feneça!  

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999

 

 

 

Chuva :

Se a chuva te molhar, te enxugo!

Se não te molhar, te molho!

Sem água é que não vais ficar!!!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999

Frida Flor!

 

Rosa, ó flor que chora!

Do México a flor menina...

Frida; rosa divina!

Moça do amor que aflora.

 

Outrora na praia da vida

As ondas do mar nos levam

Ceifando de nossas vidas

Amores carnais

 

Sexuais

Paixões de inteligência pura

Sede de comunhão

 

Dos corpos que não se misturam, como areia...

Das mentes que se admiram

Na troca de suas poesias...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 11/04/2003

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Shirlene Conceição!

Perdão pequena flor! Perdão!!!
Por ti, em prantos, choro todas as minhas mágoas!

Por ti pequenina menina, que dos pobres pais, ao nascer, fostes abandonada.
Órfã! Sozinha, neste mundo cruel! Sem Deus! Só cruz! Crucifico-me!
E condeno-me a derramar todas as lágrimas; arrependido, envergonhado, não pelo ato, mas pela omissão!?

Que do anjo ao ouvir o pedido!? Que da santa, que me sussurrou aos ouvidos, meu senhor, meu bom homem,
Tu que tivestes das sortes a maior, tu que vives com teus pais ao redor, sorte de amar e ser amado,
Sensibiliza-te por Shirlene Conceição, a três anos a pequenina florzinha do serrado!?  

Vá lá, meu bom homem!? Vá lá!?
Rua das quintas, sem número, um sobrado!
Mil crianças no chão, coração esfacelado; Shirlene Conceição não é a flor do pecado!!!

Dá lá, meu doutor, seu recado, acaricia a florzinha do sobrado!?
E regai por amor seu jarrinho, dez tostões construirão este ninho, dez tostões não serão o teu fardo!?

Sim eu vou, sim eu vou. Eu não fui!? Ai que dor! Ai que dor! Como é ruim!
De amar e amar, ser amado!?
Rejeitar, rejeitar do sobrado, a santinha florzinha do serrado!?

Meu senhor! Minha senhora! Não descarto; a detestável omissão do meu ato!
De ao menos, por mês, por um pacto, me entregar à este amor no orfanato,
De enxertar com tostões um bom prato.            

E agora, no meio desta natureza morta, deste mato, desta selva de pedra, hiato,
Não consigo cruzar meu retrato!!!

E a cada dia, criança sofrida, te procuro neste mundo abstrato!?
Pois te encontrar vai sarar a ferida, desta outra criança sofrida!?

Encontrar-te pra botar no porta-retratos, ó querida;
a minha face ó criança esquecida, a beijar-te pra sempre, que ato!

E de fato selar nossas vidas, com carinho, muito amor e um bom prato!!!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/03/2000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Revolução Ultra Contraditória!

Lema da Revolução Francesa: Libertée, igalitée et fraternitée.

Como liberdade contradiz igualdade e fraternidade!

Logo não pode haver liberdade onde há igualdade e fraternidade!

Como igualdade contradiz fraternidade!

Logo não pode haver igualdade onde há fraternidade!

Logo liberdade, igualdade e fraternidade são excludentes!

Onde existe uma delas não pode haver nenhuma das outras duas!

Vive la Française Revolucion Française!!!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 21/05/2004

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Viúva Negra:

 

Quero gozar do prazer dos teus beijos

Mesmo que me espreites com o teu tridente deletério.

O teu mistério é o teu amor e o teu desejo

De devorar todo o calor do meu viver.  

 

No devaneio da tua teia paradisíaca

Estou no meio do descompasso do meu coração.

A tua ceia é o meu leito de vida e de morte

Sou seu consorte que enfrenta a morte por teu tesão.

 

Aracnídea rainha de deleite nocivo

Mortífera amante de negro sorriso

Sou o mercenário que vende a vida pelo teu coito

 

És meu calvário; meu veneno convidativo.

Nos armários dos sobrados tempestivos

Ou no canto das muralhas, sou um morto vivo.  

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 18/08/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cupido Mórbido!

 

O irresoluto desespero escarra,
No inominável poder da sabedoria,
Que ante a régia e ignóbil talha,
Sente na carne a derradeira filosofia!

 

Selvajaria cujo arpão traspassa,
A fragilíssima proporção corpórea,
Que se desintegra no fio da navalha,
Que sente as regras da fatal história!

 

E a moratória que a Natureza empresta,
Não sorve a testa, a leveza glória,
Não cede às chagas do que não tem sentido!

 

Cupido mórbido que ao amor da morte “incesta”,
Pendão tão sórdido a degradação da vida,
Doce mistério que ao Universo contesta!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/10/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Flor de Carne!

 

Minha boca na tua flor.

Minha boca na tua carne.

Minha língua, teu sabor.

Meu sabor na tua língua.

 

Língua, flor, sabor, carne.

Lambo os lábios, lábios grandes, grandes lábios.

Meto a língua, roço a língua nos teus lábios.

Provo do teu néctar, transpasso-te por minha espada.

 

Tetas grandes, belas tetas, tetas lindas.

Grande bunda, a minha faca se farta.

Farto corpo, corpo carne, carne flor.

 

Belo clitóris; boa língua, delicioso paladar.

Farto cheiro, cheiro doce, doce amor.

Boca farta, olhos lindos, bela flor...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 15/06/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maria Madalena!

 

Faz 2000 anos que te provei

Faz 2000 anos que sofro sem ti

Maria Madalena meu amor

De todos os martírios que sofri

 

Perder-te foi a maior dor!

Perder-te foi a razão de me destruir!

Tu que me fizestes homem

Escravo dos teus sorrisos

 

Eu que te protegi dos homens, das mulheres, do paraíso...

Só desejei viver contigo nosso amor

Mas fui confundido com um Deus

Lincharam minh’alma

Apedrejaram meu coração

 

Exacerbaram minhas carências

Quando me afastaram de ti...

E te assassinaram moralmente

 

E eu que provei do teu mais puro amor e perdi

Vi na cruz a salvação do meu martírio

Nos espinhos o delírio de uma multidão enfurecida

Com o meu amor por ti...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 06/09/2002

 

 

 

 

 

 

 

Casta Puta!!!

 

Pura ou puta?

Casta ou devassa?

Sou amante das putas!!!

Sou amante das castas!!!

 

Se és casta; torno-te puta!!!

Se és puta; torno-te casta!!!

Casta puta!

Puta casta!

 

Da labuta que vivem as putas,

Da conduta que seguem as castas,

Sou o algoz que devora com raça,

 

A carcaça imaculada da puta,

A carcaça devassa da casta,

Amém!!!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 25/07/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prostíbulos!

 

As lápides, legados dos prostíbulos,

Espreitam a tua sina e a tua sorte,

Vítima que desde a infância à própria morte,

É consorte dos amores mais lascivos.

 

Poetista de sonetos deletérios,

Anarquista que transpassa a estratosfera,

Dos delírios que arrebatam tua razão,

No calvário do padecer infinito.

 

Embriagado por prazeres eruditos,

Extasiado pelo gozo das bacantes,

Recanto dos invólucros mais promíscuos...

 

Tu que és vício, viciado libertino!

Tu que és torto, torturada consciência!

Da carência que tu vives por destino.   

Autor: Eduardo Gomes
Data: 10/08/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um Canto Asteca!

 

Os poetas são como todos,

Querem consumir a beleza!

Os profetas são como tolos,

Querem confundir com safadeza!

 

Os pensadores são como touros,

Sentem-se os mais importantes!

Os escritores são para os tesouros,

Virtuoses são os seus escritos?!

 

Os prostituídos são como abutres,

Consomem o que lhes consumirão!

As prostitutas são como flores sem terra,

Não têm mais raízes de ilusão!

 

Rezo pelos Astecas,

Rogo às meretrizes,

Perdoem os navegantes...

Teus filhos, teus consortes...

Eles só reconhecem tempestades.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 06/09/2002

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Violeta!

 

Bebamos nestes cálices, que florescem da vida a beleza,

Livremos dos corpos os males, que refletem a dor e a tristeza,

Bebamos neste doce frenesi, que surge com o amor,

Porque os olhos do coração, onipotentes vão.

 

Cantemos, dancemos aos pares,

Embalemos dos corpos ao prazer,

Porque se na vida há males,

Não paremos para depois fenecer.

 

Bebamos no doce frenesi, que surge com o amor,

Porque da vida o calor, derrepente passará,

Bebamos, bebamos dos cálices,

 

E os beijos; mais ardentes teremos!

Bebamos no doce frenesi, que surge com o amor,

Porque os olhos do coração, onipotentes vão.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/08/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Capitalizando Imbecis!

 

Ao 11/09/2001!

 

Das frontes e das pontes desta batalha inglória,

Urge a história de nossas vias errantes!

Partidários dos metais que ante a massa insurgem-se,

Lutam por erários ante a, prevaricações carnais!

 

Nos anais da ignorância que os exasperam,

Vivem honorários dos artifícios involutivos!

Embriagados pelo coito cujo dinheiro resvala,

Em antítese desproveem os raquíticos!

 

De malícias imbecis e capitalizações cegas,

Cedem as pregas para as regras do imponderável!

Calvário cujo inventário prediz parca sabedoria!

 

Alegorias das origens mais servis,

Da submissão da sapiência à intolerância,

Na ganância mesmo guardam a própria gala!  

Autor: Eduardo Gomes
Data: 25/09/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cupido Mórbido!

O irresoluto desespero escarra,
No inominável poder da sabedoria,
Que ante a régia e ignóbil talha,
Sente na carne a derradeira filosofia!

Selvajaria cujo arpão traspassa,
A fragilíssima proporção corpórea,
Que se desintegra no fio da navalha,
Que sente as regras da fatal história!

E a moratória que a Natureza empresta,
Não sorve a testa, a leveza glória,
Não cede às chagas do que não tem sentido!

Cupido mórbido que ao amor da morte “incesta”,
Pendão tão sórdido a degradação da vida,
Doce mistério que ao universo contesta!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/10/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ladrão de Galinhas!

 

Pobre do ladrão de galinhas,

Não conseguiu se eleger!

Roubou para comer!

Roubou farinha!

 

No cárcere da miséria,

Sente na carne o poder da fome!

Morte que lhe desgraça,

Rapadura que lhe consome!

 

Como cortar a fome,

Do pobre em inanição?

Dor que não tem nome!

 

Da Silva, José, João,

Esquálidos, esqueléticos, raquíticos,

Morrem em desnutrição.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 20/09/2002

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Linchamento!

 

A multidão estava sedenta de sangue!

Capturaram um inimigo!

Bateram, lincharam!

Degolaram, queimaram, esquartejaram!

 

Desceram na ordem cronológica,

A uma era primitiva,

Anterior à civilização?

Arraigada no nosso sistema límbico!

 

Desejo universal e humano,

Que agredido, agride,

Na simples lógica natural de sobreviver,

 

A qualquer preço!

Matando e morrendo,

Como um bando que caça e é caçado!

 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 11/05/2004

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Monte Fuji!

 

No sopé do Monte Fuji,

Brotam límpidas e cristalinas,

Águas de enxurradas,

Prantos de Hiroshima!!!

 

Que lindas meninas para os olhos,

Crianças que à morte conduziu-se,

Evaporadas na luz,

De uma explosão desumana!!!

 

Atrocidade colossal,

Nada assim jamais se viu,

E o pranto de uma nação,

 

Orgulhosa, produziu...

As cachoeiras deste monte,

Águas puras para; o Pensar! Pesar! Pesar! Pesar...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/09/2002

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Obituário de um Veredicto!

 

“Time is Money”,

Será que algum ser inteligente, acredita realmente nisto?!

Falácia d’um velho alquimista,

Mago, infantil nos seus circuitos cerebrais!

 

Tempo é vida, outra contradição,

Outra elucubração!

Tempo é morte, “desencarnação”,

Que triste constatação!

 

Falácia imbecil! “Capitalista”,

Astúcia aristocrática,

Manipulação extrativista,

 

Dissimulação escravagista,

Argúcia reducionista,

Para mentes extremamente pouco críticas! 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 09/03/2003

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paz?!!

 

Sonho vago? Delírio? Realidade mítica? Utopia?

Ainda não disseminada entre as civilizações...

Transita nas cabeças mais sábias?

A questão é : como institucionalizá-la?

 

Como forjá-la nos seios da humanidade?

Como vencer interesses contraditórios?

Como coadunar heranças religiosas?

Como concatenar ideologias?

 

Eis, perguntas cujas respostas são as mesmas!!!

Infelismente ainda é impossível! E sempre será?

Não há verdades absolutas!!!

 

Não existe comunhão universal!!!

Preconceitos resistem,

Nas mentes estéticas! Nos campos visuais!!! 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 14/02/2003

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Circo!

Dos circos que por minha vida, passei!
Nenhum foi tão marcante quanto aquele paupérrimo circo!
Sob uma tenda cujas estrelas se viam,
Suas estrelas eram estrelas simplórias!

A música estridente, uníssona e única dizia:
Fá! Faro faro faro! / Faro faro faro! / Faro faro faro! / Fá! Fá!
E interminavelmente ressoava numa velha vitrola!

Os guizos dos palhaços soavam,
Rugidos enferrujados, na história,
E os bichos que neste circo estrelavam,
Eram três jumentos, órfãos, famintos!

As moças com três semblantes distintos,
Eram ciganas com o pó da estrada, no rosto!

E a molecada toda animada no circo
Cantava, zunia, gritava a interminável farofa!
Até que o vitroleiro trocou o disco,
E ouviu-se de então:
Pisa na Barata /  Mata esta Barata!

E na hora mais esperada do circo,
Ergueu-se uma trapezista simplória,
E aos solavancos de suas acrobacias corpóreas,
Proveu-se a história de seios murchos e raquíticos, expostos!

Para o delírio e gozo em riso,
De toda a garotada no circo,
Que nesta hora urrou,
Estrondosos sorrisos sarcásticos!

E a pobre moça, cigana, empoeirada,
Com a cara tristemente lavada,
Por lágrimas em sorriso envergonhada
Partiu como morre uma flor!

Na volta, no caminho, na praça,
Meu tio que havia tomado cachaça,
Forjou uma brincadeira sem graça,
Encheu um dos jumentos de cachaça! 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 04/10/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Florbela e Romeu!

Desde a mais terna infância!
Desde a mais linda criança!
Florbela criança em tranças!
Apaixonou-se por outra bela criança!
Romeu, seu amor, sua esperança!

E viveu feliz e contente!
Com lindos sorrisos nos dentes!
A sonhar! A sonhar com Romeu!
Que na festa de Ouro, o Jubileu!
Deu a Florbela seu mais rico tesouro!
O amor de todo o seu coração!

Eles conheceram-se na casa de dona Constança!
Num belo dia de aniversário,
De Constança, seu filho , Mário,
Uma vela se ascendeu!

O bolo era lindo e colorido, como flocos de neve e chocolate,
Todos queriam comer,
Pão delícia, brigadeiro, sorvete, refrigerante,
A garotada, toda, se lambuzou,
Depois do canto de parabéns!

Florbela anotou no seu diarinho!
Romeu lindo Romeu!
Teu amor pode ser mui grande,
Mas não é maior do que o meu!

Naquele doce momento,
O tempo parou e a terra tremeu,
Pois brotaram lágrimas de amor,
De Florbela por amor a Romeu!

E como tudo o que é bom nesta vida,
Cresceram sempre juntinhos,
Com muito amor e carinho!
Casaram-se na Santa Igreja do Carmo,
Onde seus dois filhinhos foram batizados!

Um casal lindo de cisnes,
Trazidos pela querida cegonha,
Este casal lindo de filhinhos chamava-se:
Flor do Amor Eterno!
Pequeno Cravo de Sabedoria!

E assim a família mudou-se,
Para uma linda cidade festiva,
Todos os domingos, pela manhã, no parque,
Algodão doce, maçã do amor, palhaços!
Cachorro quente, pipoca e Pizza!
Chese Burguer e chocolates!

E a tarde na Catedral,
Assistiam a Santa Missa do Padre, com as Freiras,
Oravam à Virgem Maria, mãe de Jesus, filho de Deus,
Rogai por nós, realizai nossos sonhos,
Mantenha-nos sempre felizes,
E protegei-nos de todo o mal!

E assim a família cresceu,
Com muito amor e carinho,
Flor estudava de manhã,
Cravo estudava de tarde,
E Florbela no seu diarinho,
Anotava com muito carinho!

Romeu lindo Romeu!
Teu amor, por mim, é maior do que o Universo,
Mas não é maior do que o meu! 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 13/04/2005

 

 

 

 

 

Eva Cavalcanti!

Tens uma voz tão acre-doce!
O teu cantar vicia!
Tens uma voz que enobrece!
O amor em qualquer poesia!

Ai se um dia, tu fosses,
Das musas deste poeta,
A poesia mais completa,
De amor, sem dor e alegria!

Pairando pelos lugares,
Com teu cantar tão eclético!
Teu violão tão poético,
Que coisa mais linda da Bahia!

Não sendo jamais, indiscreto,
Nestes meus versos para ti,
Componho-os com a lira divina,
De César, poeta do Olimpo!

Tragas ao meu coração,
Todas tuas lindas canções,
Que doce mente performas,
Nas trovas do teu coração! 

E eu te ofereço esta rosa,
Como uma prova de amor,
E eu te ofereço esta flor,
Para selar nossa união tão poética!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/04/2005

 

 

 

 

 

Jesus em Contrição!

 

Senhor, do amor, vivi num turbilhão,

E por ti, senti sofreguidão!

Pois em meu mundo, segundo,

Era teu, o meu pendão!

 

Senhor, o ardor, me inflama o coração,

E escrevi mil versos de paixão!

Um andarilho, teu filho,

Do deserto, que atormenta a minha razão!

 

Senhor; estou feliz por ter o pão,

E olhar e amar esta feição!

Por ser da terra, materna,

A semente que brotou desta união!

 

Senhor calor e paz em comunhão,

Em prantos eu canto num refrão!

Pois no exílio, teu filho,

Entendeu que o amor é a salvação!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/04/2000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Meu Réquiem!

Selem minha cripta,
N’argamassa pura!
Velem minha lisura,
Nu’a cerimônia atípica!

Lágrimas d’eternas,
Nos peitos d’armaguras,
Ferem ad candura,
Nossas almas fraternas...

Cantem-me o réquiem de Mozart,
E o prelúdio de La Traviata...
Nu’a voz doce, doce de mulher, Tereza Stratas.

Celebrem; minha morte, um brindice,
Num porto rubro, rubro d’amor,
Que sentirei vosso pesar, vosso adeus!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 02/04/2005

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cachaça!

 

Meu corpo pesa, meu peito arranha.

Minha alma devassa, a vidraça espanta.

Não sinto frio, não sinto calor.

Não sei o que sinto, mas sinto que não estou...

 

Não estou aqui, minha cabeça arranha.

Não estarei ali, não estaremos lá.

Tenho medo, não sei medo do quê.

Tenho pavor, sou frágil...

Sinto horror, estou prezo nos meus mais íntimos pensamentos.

Tenho pressa, sinto preguiça, quero cachaça.

 

Tive tempo e o tempo é o que nos resta.

Tenho sede, não é de água, não é de vinho, não sei do quê.

A fome é o que me resta.

A gula toma conta do meu ser.

A banha já reprovou o meu corpo.

 

Como fugir? Preciso fugir!...

Como sumir, sem me encontrar?

Não quero me encontrar por aqui!

Preciso de tempo para pensar!

Não paro para esperar sem sentir, sem perceber,

sem me tocar profundo, profundo, profundo...

 

Eis o meu jeito! Assim encaro as feridas de minh’alma.

Eis o meu semblante,

no espelho ainda percebo espinhas em meu espírito.

Não tenho mais ilusões!

Não restaram sonhos! Estes foram demolidos pelo tempo!

 

Teu carinho é o que me resta.

Teu corpo curvilíneo é o meu templo.

Preciso orar em ti!

Preciso receber de ti os louros da paixão.

 

Quero te tocar para sempre.

Quero te encravar como tridente,

nos músculos do meu coração!!!...

Autor: Eduardo Gomes
Data: 02/12/2000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Compreender quem Sou!

 

Percorro num tirocínio lógico,

Livre de qualquer emoção,

A vanguarda mercadológica,

Dos valores d’uma paixão...

 

Obsessão das origens,

Descendo na ordem universal,

Por eras aborígines,

Numa ânsia colossal,

 

De decifrar o que nos é ininteligível,

Provar do sabor do saber,

Analisando incessantemente o que ler,

 

Procurando matéria, massa, conteúdo,

Fruto do meu obsessivo estudo,

Para tentar compreender quem sou!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 11/05/2004

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Flores Carnais:

 

Busco a paz neste mundo hostil!

Busco a vida nestas fêmeas que caço!

Pois os nervos de aço febris,

Não existem, e isto é uma regra sem exceções.

 

As conturbações de pensamentos mil,

Degradam-me e me remetem ao cansaço.

Quando passo os olhos nestes fatos vis,

Enervo-me, não aceito estes passos.

 

Como posso viver sem pensar? Como posso pensar sem viver?

Ser um ser consciente do espaço,

É um traço que desgraça o ser.

 

Só consigo ver um futuro sombrio,

Por isso corro para as flores carnais,

Onde gozo o meu êxtase viril, onde oro nestes templos labiais.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 27/09/2001

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Há um Passo da Eternidade!!!

 

No fundo do poço, a minha carne se esvai em sangue.

Persigo neste espaço fugidio, algo que me possa consolar.

Choro por desespero, no fundo tudo é escuro do poço.

Sou moço, carrego 32 anos, que peso!

 

Estou vivo, consigo dividir emoções.

Estou morto, pois natimorto vivo.

Sonhei um dia com coisas eternas.

Iludi-me, por vezes, com felicidades absolutas.

Roguei a seres imaginários.

 

E hoje me traumatizo, pois do rosto, não é eterno o sorriso.

E hoje choro canções de amor.

E hoje me sinto tão raquítico diante da morte,

que enlouqueço só de pensar nesta dor.

 

Um dia tentei correr e ser mais rápido do que a flecha,

mas trago no peito ferido o meu coração vagabundo.

 

Há o afeto, que bela virtude arde no meu peito,

se por tudo e por todos...

Pranteio os mesmos sentimentos de dor e desesperança.

 

Quando transpasso os vidros, por olhar atento;

percebo bilhões de anos evolutivos;

que nada são diante dos momentos finalísticos da morte.

 

Como posso ser feliz? Como posso sentir-me alegre?

Herdei esta maldita consciência realística...

que só me expressa o fatalismo, e por isso chorei,

choro e chorarei não para sempre.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 19/02/2001

 

 

 

Interrogatório?

 

Qual a tua idade?

Sete anos e sete vidas!

Contra quem conspiras?

Contra os imperialistas contra aqueles que morrem de sede; contra os que comem criancinhas...

Quais são suas armas?

Poesias!

O que te deteria?

Uma mulher fria!

 

Aonde pensas que vais?

Só quero caminhar, descalço, sobre a terra...

Que sentes?

Sinto calor, ternura...Etc...

O que temes?

Temo não ver jamais os olhos dela.

Dela quem?

A razão de nossas vidas...

 

Ela é virgem?

Eu casaria com ela assim mesmo!

Ela sabe de tua existência?

Eu transito nos seus sonhos!

Vocês já fizeram sexo?

Só por telefone...

Ela gozou?

Acho que gozou com a minha cara...

 

Quem tu amas de verdade?

Amo as filhas de Eva, gosto dos filhos de Adão...

Então tu amas apenas a Humanidade?

A natureza da Natureza...

 

Com quantos paus se faz uma canoa?

Sete palmos de terra!

Porque falas de morte?

Sonho com a sua morte!

Porque falas de vida?

Sonho com o amor...

O que é o amor?

Talvez o sorriso duma criança...

Porque brincas com o destino?

Estou falando sério...

 

O que é seriedade?

É serenidade!

O que é serenidade?

É o sereno da noite...

Tu és americano?

Do cone Sul do supermercado...

Porque filosofas?

É um bom passatempo!

Porque escreves?

Porque sou médico e juiz...

 

Não és poeta?

Não me ofendas assim!

Não és escritor?

Sim, das santas escrituras...

Você já leu a Bíblia?

Profundamente, ela foi escrita por lobos...

Você já leu o Alcorão?

Profundamente, ele foi escrito por chacais...

Você já leu poesia?

Li Augusto dos Anjos...

Você já ouviu música?

Sim, Raul, Zé Ramalho, Elis, Maria Madalena...

 

Porque afirmas que ela teve um caso de amor com Jesus?

Jesus era um profeta!

Não era um homem?

Não foi pai, não teve filhos, foi incompleto...

Como ousas profanar o que é divino?

Quero servir à Humanidade!

 

Acaso te achas o dono da verdade?

Só da verdade verdadeira!

És um servo da mentira?

Só da mentira mentirosa!

 

Tu te consideras inteligente; brincas com as palavras?

Mais que a maioria dos ursos...

És egocêntrico e convencido?

Convencido não! Egocêntrico sim!

O que pensas das loucuras?

Fazem parte das escrituras de um Titã...

Afirmas que Deus é louco?

Sim, louco por Maria...

 

Em que acreditas afinal?

Não seria mais sensato se me questionasses em quem acredito?

Em quem acreditas afinal?

Acredito em Pinóquio!

Um boneco de louça?

Não, um boneco de cera...

 

Gostas de mel de abelha?

Gosto, não é fel!

 

Considera-se venenoso?

Acho o mel gostoso...

Considera-se corrosivo?

Não sou ruivo...

Considera-se sombrio?

Não sou branco...

Considera-se claro?

Não sou escuro...

Considera-se iluminado?

Não sou amarelo...

Considera-se sanguíneo?

Não sou vermelho...

 

A qual das etnias; pertences?

Quero apenas passar no vestibular!

Não entendi tua resposta?

Pertenço a todas as etnias!

Então acreditas na igualdade entre os homens?

Não, só entre as mulheres...

 

Como foi a tua primeira vez?

Foi linda, e isto forjou a minha continuidade!

Como assim?

Recebi muito amor e carinho!

 

Dizem que és; Professor Universitário?

Não para universiotários!

Mas gosto muito dos questionamentos, inteligentes, a mim, dirigidos!

Existem pérolas intelectuais neste meio!

Que é onde podemos dar o melhor de si!

 

Dizem que és; Poeta?

Este meio me completa, excita, intriga, surpreende, me faz delirar e gozar intelectualmente! 

É fantástico escrever algo inteligente e ler posteriormente, diversas vezes e aprimorar-se!

É fantástico poder ensinar ao público, algum conhecimento que não tem compromisso com o mercadológico, mas sim com “verdades”.

E poder perceber a crítica... E aprimorar-se cada vez mais!

Amo ler, amo escrever! Isto é para mim, oração e meditação! Autoconhecimento!

Amém!

 

Dizem que és Analista de Sistemas e que estás a desenvolver o SIVAM?

Não mexo no que é dos outros!

O patrimônio natural da Humanidade?

Sim, as pirâmides do Egito, pois “Do alto destas pirâmides, soldados, ecoam 40 séculos de história”.

Quarenta séculos?

Sim, Ali Babá também...  

 

És partidário da cultura árabe?

Gosto da dança do ventre...

O que isto significa?

A sensualidade feminina!

Acaso consideras sensualidade importante?

As mulheres vão dominar o mundo!

 

És; profeta?

Só das mulheres!

És; um conspirador?

Só do aspira dor do pó...

Já usastes drogas?

Consumi muita adrenalina, por muitos anos, agora acho que meu vício é escrever!

 

Confessas teus vícios?

Preciso de tratamento; senhores...

Porque não procuras um psicanalista?

Um analista de Bajé?

Sim, ele mesmo!

Acredito no seu trabalho? É pena que ele fale pouco!

Como assim, fala pouco?

Dr. Freud ensinou aos seus patrícios que o analista não deve falar, pois poderia induzir e influenciar as respostas do paciente. Que chato! Só o analisando fala; trata-se de uma relação unilateral...

 

Como assim, unilateral?

Gosto de falar e ouvir!

Gosto de escrever e ler!

Gosto de tocar e sentir!

 

Doctor Freud deve ser somente criticado?

Obviamente que não, pois toda neurose tem origem sexual! Fantástico!...

 

Queres construir um Épico?

Apenas escrevo uma poesia!

Então confessas, sentes-se poeta?

Porque, isto te ameaça?

Claro que não, eu tenho armas?

Armas atômicas e ou químicas e ou nucleares?

Armas que podem dizimar a Humanidade! Sinto-me mais inteligente! Um ser superior?

Não à poesia triste!!!

 

Pares de me questionar, eu sou o interrogador aqui, ponho-te na cadeira elétrica!!!

Podes pôr, estamos sem energia...

Dou-te uma injeção letal!!!???

Por favor, use seringa descartável!

Estás a falar de Aids?

Sim, coisa de Bamby!

Ah! Acreditas mesmo nisto?

Sim, acredito no meu veterinário!

 

Porque insistes em melhorar o mundo?

Existe outra coisa a fazer antes de morrer?!!!

Sim, sexo!

Claro, fazer sexo e esquecer do resto!

Tu que se dizes agnóstico, falas tanto em Deus?

Eu também luto por acreditá-lo?

Então acredites meu filho!

 

Padre; pequei!

Sim?

Brinquei com o meu amor!

Este foi o seu maior pecado, esta deverá ser a sua maior redmissão!

 

Filho; qual é a santa trindade?

Paz, amor e poesia!

Brincas!

Porque o padre deve ser casto, senhor? Porque o celibato?

Pois este não deve almejar riquezas nem prazeres terrenalistas. Deve almejar, apenas, a glória do senhor!

 

Porque as santas têm que ser virgens?

Pois sexo é coisa impura, filho; está na Bíblia, está no Alcorão, e em outros livros místicos também...

Os verdadeiros mananciais de conhecimentos que libertarão os homens, como flor de lótus, da lama...

 

Filho, finalizando o perdão da montanha... Nunca brinques com teu amor!

Não madre!

 

Perdão pequena flor, perdão!

Por ti, em prantos, derramo todas as minhas lágrimas...

Sou órfão de ti!

 

Achas que, deves ser redimido dos teus pecados, filho?

Confio no teu julgamento!

 

Tu mudas-te em fim o mundo???

Não, mudei-te, senhor!!!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 14/02/2003

 

 

Justificando a Minha Contratação!!!

 

Tantas vezes traído na vida, desde cedo, mas isto não legou a mim desejos de vingança ou traição ( por muitas vezes apenas me defendi durante a minha vida pessoal e profissional utilizando-me de estratégia, manipulação e dissimulação com o objetivo de sobreviver ).

 

Não tenho nenhuma mágoa ou ressentimento de quem quer que seja, de adversários do passado, do presente e do futuro ( Que venham! ) ou de supostos inimigos pois não os considero assim. Aprendi que esta vida é um grande jogo ( onde vence quem conseguir dar as melhores respostas ( Pamponet) ), as regras estão velhas, compreendo-as e quero traduzir para os senhores meus sentimentos e um novo conjunto de regras, para o novo jogo da vida, as quais, considero muito mais inteligentes, afinal ninguém sai vivo desta vida mesmo e nem leva nada para o túmulo. O que se leva dessa vida é a vida que se leva.

 

Amo vocês, adversários parceiros amigos, acima de tudo, por todas as tentativas de assassinato intelectual ( desafios afortunadíssimos ) que sofri na vida e que ainda sofrerei... Adoro o jogo intelectual da vida, adoro dar sempre cheques mates e isto sempre fiz com perfeição.

 

Quero vos desafiar para novos desafios e o primeiro que vos faço é o seguinte: Aceitem a minha contratação sem medo para trabalhar em vossa equipe, contribuindo para o crescimento astronômico de nossos empreendimentos. Faço um juramento e dou a minha palavra de honra ( tem valor ) ao qual ofereço a minha vida se vos trair sem Ter sido traído previamente.

 

Sou multifacet

Autor: Eduardo Gomes
Data: 17/01/2017


 
 

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