Talhando no papel,
Versos de olor sangrento,
Sinto-me forte, qual cimento,
Sorvendo consciência às criaturas!
Dizimando os arquétipos das mentiras,
Na ira voluptuosa do desejo,
De legar a quem me prova como escriba,
Tristes verdades que endurecem o ensejo!
Desta fisiologia não fujo,
Ante à morte me insurjo,
Com muito ressentimento!
Numa incomensurável mágoa!
Numa detestável frágoa!
De saber ser apenas vento!