Poesias

Realistas            

Frágoas

Talhando no papel,

Versos de olor sangrento,

Sinto-me forte, qual cimento,

Sorvendo consciência às criaturas!

 

Dizimando os arquétipos das mentiras,

Na ira voluptuosa do desejo,

De legar a quem me prova como escriba,

Tristes verdades que endurecem o ensejo!

 

Desta fisiologia não fujo,

Ante à morte me insurjo,

Com muito ressentimento!

 

Numa incomensurável mágoa!

Numa detestável frágoa!

De saber ser apenas vento!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 18/04/2003


 
 

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