Poesias

Familiares            

Cascavel

O veneno que destas presas, escorre,

Cravado em predação despropositada,

Irrita-se, arma o bote e dá:

Porrada! Porrada! Porrada!

 

Nas presas do teu amor,

Letárgicos ao teu dispor,

Peçonha viva, totalmente atrativa,

São caças em torpor!

 

Líquida criatura, cujo fel e a doçura,

Misturam-se numa só,

Isca magnética!

 

Louca, terrível, profética,

Da desgraça de quem teve por sorte,

Cruzar-te os caminhos!    

Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/05/2003


 
 

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