Como Devoramos os Neandertais!
Algo que transita entre o doce e o salgado!
Algo que perpassa o presente e o passado! Qual o futuro?
Algo que o credencializa!
Vem dos buracos escuros!
Cercado por carnes vermelhas,
Distantes de tétricas ovelhas,
Próximas aos caninos da matilha,
Que as devoravam qual teor aos estômagos,
Que pensa ou não pensa, somos ilhas!
No irresistível vou do urubu,
Na alucinógena menstruação da borboleta,
De quem devora carcaças, a cru!
De quem se lambuza qual mel numa boceta!
No inominável desapego das Gigantes Preguiças,
Que sorveu à carne dos humanos em preguiça!
Devoradas nos encontros com negroides pigmeus,
Devorados nos encontros com antropoides orientais,
Que canibalizaram Pequenos Negros qual Gigantes Preguiças,
Não deixando, sequer um traço de suas raças!
Devoradores, noutras terras, de Neandertais sem Nomes,
Dentre outros hominídeos que lhes matavam a fome,
E que também praticavam ritos funerais,
Ritos de passagens!
Ritos espirituais!
Demonstrando que estes ritos são mais antigos que o Homo Sapiens!
Demonstrando que estes ritos transladaram por espécies, menos inteligentes, é claro, mas que já possuíam boa capacidade cognoscível e deliciosamente serviram para os nossos banquetes festivos ao redor de nossas fogueiras primitivistas!
Até muito recentemente, antes da colonização romana, tínhamos nas aldeias Vikings as festividades do brinde Skol, onde os guerreiros bebiam sangue e cevada dos seus inimigos em seus crânios!
Eduardo Gomes, Ice Sushi, madrugada alta, 01/04/2005
Autor: Eduardo Gomes Data: 01/04/2005
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