Dê Lírios!
Delírios dos lírios, ao encanto.
As rosas, mesmo prosas, têm espinhos.
As pedras são repletas nos caminhos.
Os pássaros são vassalos do seu canto.
Martírios dos tormentos, ao desencanto.
As ervas não se servem para os ninhos.
As uvas são sacrificadas para os vinhos.
As fêmeas se enobrecem sobre o manto.
Nas galés e por onde remo.
Nos teus pés, aos quais me tremo.
És delírio, és martírio, és encanto.
Nas marés dos meus sentimentos.
Nos trovões, raios e tormentos.
És martírio, és delírio, és desencanto.
Autor: Eduardo Gomes Data: 01/04/2000
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