Tensão e Loucura!
Por estes dias, por estas noites, ando tão tenso,
Pavor imenso de perder o chão e a estrela guia.
Um ser tão vivo, um ser tão moço, um ser propenso,
De enlouquecer na rubra cor das maresias
Marés de dor, de desamor e de tormentas,
Que devastam o amor, a sanidade e a sabedoria,
E que jogam nas frontes das batalhas mais intensas
As cabeças mais sensíveis à selvagerias.
Por isso partam-me a voz da consciência
Negra cadência a prepotência da morte fria.
Porquê esta pressa? Porquê este carma e esta ciência?
Tensão suspensa que desintegra a calmaria.
Viver no rio da lucidez e inteligência
É ter na tez pesada uma dor sangrenta.
Autor: Eduardo Gomes Data: 01/10/2001
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