In Memoriam
Morrer de véspera que tétrica história
Dói na memória a chaga desta triste flor
De tanto amor e caráter solitário
Terra mater que o teu corpo guarda.
Viva na larva ou nas pétalas de uma rosa
O mundo goza da loucura e do horror
Viva nas pálpebras dos olhos que nos encerram
Lânguido mistério da morte sem amor.
Lívida criatura que num calvário de amarguras
Para os céus desencarnou.
Pálida menina que a sorte de tua sina
Trouxe a morte com dolor
Cândida ternura vencida por amores vis
Jogaste-se no precipício, deixando-nos tão forte uma nova dor.
Autor: Eduardo Gomes Data: 06/09/2001
|