Armadilhas
Noites em claro, densos nevoeiros
No clarão das sombras, ilusões em trevas
Corações que dormem à flor dos instintos
Que nos tornam cães, sociedades em levas.
E o pendão da força que nos torna vivos
Não sobrevive ao tempo que nos torna ervas
Por não sermos fortes como imaginamos
Fortes são, da natureza, as regras.
Mas se temos o amor, razão para as nossas vidas
Não sucumbiremos à dor da consciência malévola
Que nos tornam lúcidos, lucidez promíscua
Que nos tornam loucos, loucura benévola.
Dos assentamentos de ideais vencidos
Das encruzilhadas de armadilhas cegas.
Autor: Eduardo Gomes Data: 19/02/2002
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