Horda Migratória
No céu um azul de anil
Nos pés sandálias ao chão
E a turba de clamor pueril
Docemente embala a caixa, o caixote e o caixão.
Cantando entoam toadas
Andando cantarolam uma canção
Que não lhes escondem as mágoas
As fráguas de uma oração.
Há como podem viver a passear
Tendo por lar todas as pedras do chão
Donde vai este povo a cantar.
Caminhar nesta imensidão
E os desertos, poeiras de dor.
Não destroem os seus versos de amor.
Autor: Eduardo Gomes Data: 09/08/2002
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