De Toda Tola Despedida!
Que evento triste, mesquinho, macabro!!!
Como arde nos olhos lacrimosos?
Como pesa no vazio dos abraços que ficam vazios?
Como doe no coração daqueles que se amam e que se afastam?.
Como pode ferir com tamanho ímpeto não só o corpo, mas também a alma e o espírito?
Como não sofrer, como se proteger da infelicidade que a maldita distância nos impõe?
Como não correr para o horizonte, na esperança de te encontrar?
Como não gritar o teu nome ao vento na vã esperança de que tu possas me ouvir?
Como é triste o que se pode filosofar a respeito de tal assunto?
Como pode o destino ser tão cruel com aqueles que nasceram apenas para se amar?
Como podemos ficar tão perdidos no tempo e no espaço?
Como não prantear e soluçar?
Como não naufragar no triângulo da tristeza, da saudade e da infelicidade?
Dá-me tu força o Dio, vou prosseguir!!!
Como voltar a sorrir vou, sabendo que não irás me retribuir?
Como conseguirei ficar feliz percebendo que parte da minha vida está longe de mim?
Como não sentir frio sem o teu calor?
Como não ouvir a tua voz?
Como não fitar os teus olhos?
Como posso ficar sem os teus beijos, sem os teus gestos de carinho, sem as tuas palavras de amor, sem a dócil inocência do teu ser, sem a alegria que emana de tua alma?
Como posso ficar aqui, se sei que tu estás lá?
Vou chorar, sim quero chorar muito; porque insisto em reprimir as minhas lágrimas? Sim elas são por ti!
Ó Deus, que posso fazer a não ser aguardar, ansiosamente, o nosso próximo reencontro, que será breve, que me trará a felicidade de volta e que me esbofeteará de novo com a infelicidade no derradeiro momento de tua partida.
Parta meu amor, mas vá com a certeza que te amo, e que aqui sempre te esperarei.
Autor: Eduardo Gomes Data: 26/06/1999
|