Poematizar!
Se puder poetizar, poetizo!
Se não puder poematizar, pormenorizo!
Sou o poeta da matéria do teu sorriso,
São os meus versos os reversos do impreciso.
Improviso, em fortes rimas, doces mistérios.
Impropérios, sacrilégios, regozijos e heresias.
Qual Tânatos; conto em cantos,
Os prantos ante a morte.
Qual Eros; vivifico os encantos,
Das fêmeas, da dolce vitta, da poesia.
Na oratória do meu corpóreo repertório,
Encontra-se um relicário de pensamentos.
Nas entrelinhas dos poemas de um visionário,
Reza o calvário dos profetas e dos messias.
Autor: Eduardo Gomes Data: 18/08/2001
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