Milharal!
Gosto cada vez mais do que escrevo!
Sinto cada vez mais o que enxergo!
Trago uma pena sangrenta!
Trago uma pena de ferro!
O pássaro voou, onde foi?
Onde andará minha consciência?
No fundo de um Rio, quem sabe?
No fundo de um Mar, minha demência!
O pássaro veio estar comigo,
Sinto nas veias o seu abrigo,
Como alpiste com o pássaro...
Comemos milhos; enganamos o espantalho!
Ai que milharal divino!
Não vou comer sozinho!
Autor: Eduardo Gomes Data: 30/08/2002
|