Poesias

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Santas Ilusões!

De que tu falas, quem tu pensas que és; ó brutos!

 

És puro em arrogância e prepotência.

 

Como podes agir com tamanha impetuosidade, blasfemar contra a sapiência e a cultura de outrem, sem nem ao menos ter lido os seus escritos.

 

Derivar da parte e condenar o todo.

 

Por que insistes em destruir nossas santas ilusões.

 

Saiba senhor, tudo que foi escrito merece respeito, pelo simples fato de ter sido escrito por homens fálicos como o senhor.

 

Agora senta senhor, depressa, em mesa redonda, de cadeiras de igual tamanho; prova do vinho com teus pares, repartes o pão.

 

Pondera teus pensamentos, se não quiseres a rejeição da grande massa popular.

 

E lembra-te, cabe a nós muito mais o árduo exercício da autocrítica do que o doce e meigo instinto da crítica.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999

 

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