Poesias

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Caldeirão Inteligível

Sedimentando do que nos é conhecimento

Todos os desejos da matéria humana

Teu corpo o campo de colheita do que sinto

Alimentando-me na condição

 

De provisionar sanidade, saúde, provisões...

Para os degredos de qualquer velhice

Do velho mundo até mesmo ao novo

Nada é tão certo quanto a talha do porvir.

 

Por isso vivamos antes que o tempo nos devore

Nos consuma no seu caldeirão inteligível

Fazendo de nossas matérias, partições para novos corpos.

 

Deixe-mos registros untados em papel

Velhos conselhos para as mais novas gerações

Mesmos desejos que não desfalecem no tempo.

Autor: Eduardo Gomes
Data: 25/02/2003

 

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