Deleite da Morte!
Hoje, pela madrugada, um frêmito de loucura,
Um manto de morte cobriu o meu corpo desnudo.
E por um terrível lapso de tempo, senti-me prisioneiro da morte,
De corpo, alma e espírito.
E aquele gélido frêmito parado por sobre o meu corpo,
Não queria mais se desgarrar.
Senti mais uma vez... É a morte, e ela quer me conduzir.
Frígido e imóvel, tentei inutilmente desprender-me...
Foi um minuto terrível... Um minuto a beira da morte!!!
Mas por fim me contrai e por deste modo venci meu corpo moribundo,
E fugi, no leito... Do deleite da morte.
Autor: Eduardo Gomes Data: 23/10/2000
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