Carta de Amor para minha Amada Igreja Católica...
Lácrima!
Lágrimas. Resíduos de dor num mar de profundo infinito.
Pálpebras. Descanso, reflexo do porvir do que se vê.
Sátiras. Compasso fugidio do que nos é desafeto.
Cátedras. Berço do contrito e da contrição absoluta.
A lágrima por sobre a pálpebra, não é sátira, está na cátedra.
A cátedra, onde escorre a lágrima, não é sátira,
é um descanso para a pálpebra.
Lágrima, pálpebra, sátira, cátedra.
Na pálpebra, lacrimejo; na cátedra, não ouso satirizar.
Eis o respeito da lágrima, da pálpebra, da sátira, à cátedra.
Catedral, lácrima, pétala, riso.
Por onde rezo, choro, me encanto e sorrio.
Se me encanto por onde choro, rezo por teu sorriso.
Se rezo, rezo por ti, quando choro, choro por ti,
o meu sorriso é para ti.
Prantear por alegria, não me é conhecido.
Soluçar por tristeza, eis o meu canto de dor.
Sem por querer, sofrer é o que me fazes.
Sem por sentir, me feres sem me ferir.
Mas por saber, me envolves por seu amor.
Mas por querer, removes a minha dor.
Quero-te ó lácrima!!!
Autor: Eduardo Gomes Data: 04/01/2001
|