Poesias

Às Meretrizes       Voltar   Imprimir   Enviar   Email

Rosa Branca:

"Parece muito doce aquela cana!!!"

O amor poeta é como uma sopa insossa,

A toda a boca que o prova, engana,

Regurgita...

O amar poeta é como a flor de lotus,

A todo o corpo que o sente,

Renasce, ressurge da lama...

O amor poeta é como uma palafita,

Na maré cheia fica por baixo,

Na maré baixa fica por cima,

Na maré é como um gereré,

Podre, câncrico e putrefacto...

Na lua cheia é plena para amar,

Na lua minguante, triste, nos faz chorar,

No sol poente é só clarividência,

No sol nascente é só escuridão...

E o seu espectro verde cana,

Com seu aroma suave de papoula,

Com seu aroma selvagem de flor da graxa,

Com seu torpor silvícola d'aborígene australiano,

Completamente viciado n'outra flor, a flor da Coca,

Perpassa meu coração vagabundo...

Prometendo-me a título de destaque,

Salvação, contrição, nas tormentas desse mundo,

E mil dissimulações, para o meu cérebro de traque...

Que explode, em gozo predado, extasiado e enganado,

Por ti gananciosa rosa, amorosa, maternal, preciosa,

Carinhosa, perfumada, melindrosa e barata...

E cura a minha dor de viver,

Na doce ilusão,

Dum amor dissimulado, vendido, mentido e caricaturado,

Neste poema que hora gozo... 

Autor: Eduardo Gomes
Data: 31/08/2025

 

Categorias Poéticas:


Eduardo Gomes          Tel.: 55 - 71 - 98148.6350     Email: ebgomes11@hotmail.com | Desenvolvido pela Loup Brasil.