A Cova Ardia!
Triste seu fim, como sua vida!
Que desgraçadamente atrai,
Quem mulher da vida prova ser!
Porradas, socos e conta pés,
Muita felicidade e gozo alheio!
Nos meios de suas pernas femininas,
Sentiu muita tristeza e dor!
E por fim zombando da vida,
Num sepulcro acalentador,
Ardeu como fêmea ferida...
Por isso choro este pranto de dor,
Por isto bebo estas lágrimas de amor,
Por isto morro contigo linda flor!
Posto; de que vale a vida? Pensamos!
A quem pertence esta clava?
Que bate forte na existência,
Do poeta, da meretriz, da humanidade!
Autor: Eduardo Gomes Data: 30/04/2004
|