A esperança tem uma influência positiva na saúde mental das pessoas, protegendo-a e prevenindo adoecimentos psíquicos. Exerce papel fundamental também no cuidado da depressão. É determinante na recuperação das pessoas em vários contextos de convalescença e na travessia de momentos desafiadores, como a pandemia.

Por isso, entendo como imprescindível a incorporação da esperança nas estratégias colaborativas para promoção da saúde mental.

Como desenvolver ou manter aceso o sentido de esperança, para além do cuidado propiciado por um acompanhamento psicoterapêutico?

A expressão artística (desenhos, pinturas, bordados, artesanato, canto, dança, etc) e musicoterapia demonstraram efeitos positivos na estimulação da criatividade e na descoberta de forças/recursos, contribuindo para o desenvolvimento da esperança. Estas práticas trazem experiências positivas de bem estar e prazer, desencadeando a motivação, com ganhos na qualidade de vida e dos cuidados.
Segundo estudos, a espiritualidade influencia positivamente a esperança, na medida em que reforçaria a perspectiva de um futuro otimista.

A relação interpessoal também é fator de destaque nas pesquisas científicas sobre o tema. Redes de apoio com relações confiantes podem fortalecer a identidade, contribuindo para abertura a novas perspectivas e diminuindo a significância atribuída às manifestações de doenças ou sofrimento. O otimismo, autoconfiança, autoestima (reconhecimento dos atributos pessoais), resiliência e fortalecimento da autonomia para o controle das situações adversas e formulação de objetivos realistas, são fatores determinantes da esperança.

Importante dizer também que a incorporação da esperança também se faz importante para as famílias, prevenindo a exaustão nos contextos de adoecimento psíquico de um(a) de seus/suas membros(as).

Que o domingo seja um dia renovador da esperança para todos(as) nós!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 16/08/2020