Narciso!
Zeus! Supere-me! Contradiga-me! Suplante-me!
Escreva um poema, de amor, mais bonito do que o meu!
Verse com maior beleza e rebeldia!
“Escreveu não leu o pau comeu!”.
Zeus! Critique meus versos!
Acompanhe meu tirocínio!
Compreenda meus tercetos lógicos!
E diga-me: não és Zeus!
Zéfira, tu que gozastes três vezes!
Quem te fez gozar?
Um Titã! Um Deus! Eu!
Como um raio de luz inteligível
Percorrendo teus cardinais cerebrais
Que os confundo! Deflorando-os! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Autor: Eduardo Gomes Data: 12/05/2004
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