Beijo ( Walquiria Cataldo )
Em 1905, Sigmund Freud tratou do beijo em um capítulo dos Três Ensaios de Teoria Sexual, no qual aborda as perversões.
Pensado de maneira psicanalítica, o beijo seria a única perversão socialmente aceita.
O beijo não é um ato natural.
Na boca, ele tem de ser pensado como parte de prazer preliminar do ato sexual.
Ninguém beija por instinto.
O beijo é uma questão cultural. Em algum momento ele apareceu na cultura e por isso tem tantas possibilidades de ser interpretado. Cabe a análise singular do contexto em que este beijo na boca está sendo referido e inserido.
Com um beijo se mata e se reanima um sujeito.
O beijo da bela adormecida? O beijo do incesto? O beijo de Judas? O beijo de carinho? O beijo da Morte?
O que se beija e a que se deseja beijar?.
Texto de Walquiria Cataldo...
Autor: Eduardo Gomes Data: 04/02/2020
|