Mas foi um minuto único.
Após alguns haustos da Natureza, o astro petrificou-se e os animais inteligentes morreram.
Assim poderia alguém, escrever uma fábula, e nem com isso ilustraria suficientemente como é lamentável, obscuro e fugaz e como é inútil e arbitrário o intelecto humano dentro da Natureza.
Houve eternidades, em que não existia; e, quando tiver passado, nada terá existido.
É que não havia para esse intelecto qualquer outra missão que fosse além da vida humana.
Ele é humano; e só o seu possuidor e produtor leva-o tão a sério, como se o mundo girasse em torno dele.
Texto de Friedrich Wilhelm Nietzsche, século XIX.