O AMOR DOBROU A ESQUINA ( Clara da Costa )
na varanda o sol espreita, raios dourados se despedem...
ela continua ali, com seus devaneios,
sensações,
pensamentos vãos.
a saudade dói, a cabeça quer pensar,
a emoção quer amarrar,
a razão manda soltar.
a noite teima em melancolizar.
o amor dobrou a esquina,
não bateu a sua porta,
esquecido,
perdido.
a verdade foi ficando na estrada da saudade
entre incertezas caladas,
angústias isoladas,
sentimentos abstratos.
as esperanças transformaram-se
numa espécie de borboleta frágil,
que voa solitária nas asas da ilusão,
entre o encanto e a dor.
Poema de Clara da Costa
Autor: Eduardo Gomes Data: 12/07/2019
|