Poesias

AUGUSTO DOS ANJOS       Voltar   Imprimir   Enviar   Email

A louca

A Dias Paredes
 

Quando ela passa: - a veste desgrenhada, 
O cabelo revolto em desalinho, 
No seu olhar feroz eu adivinho 
O mistério da dor que a traz penada. 

Moça, tão moça e já desventurada; 
Da desdita ferida pelo espinho, 
Vai morta em vida assim pelo caminho, 
No sudário de mágoa sepultada. 

Eu sei a sua história. - Em seu passado 
Houve um drama d’amor misterioso 
- O segredo d’um peito torturado - 

E hoje, para guardar a mágoa oculta, 
Canta, soluça - coração saudoso, 
Chora, gargalha, a desgraçada estulta.

 

Soneto de Augusto dos Anjos!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/03/2019

 

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