Livro Vulcano em 20190225
Livro Vulcano por Eduardo Gomes:
Conteúdo:
Prefácio:7
Vulcano:8
Teatro Ocavongô ou Teatro de Ouvido ou Teatro Eduardo Gomes!9
Arte, Mentira ou Dissimulação?. 11
Katucha!13
Poetas Assassinados:14
Chuva :15
Frida Flor!16
Shirlene Conceição!17
Revolução Ultra Contraditória!19
Viúva Negra:21
Cupido Mórbido!22
Flor de Carne!23
Maria Madalena!24
Casta Puta!!!25
Prostíbulos!26
Um Canto Asteca!27
Violeta!28
Capitalizando Imbecis!29
Ladrão de Galinhas!31
Linchamento!32
Monte Fuji!33
Obituário de um Veredicto!34
Paz?!!35
O Circo!36
Florbela e Romeu!38
Eva Cavalcanti!40
Jesus em Contrição!41
Meu Réquiem!42
Cachaça!43
Compreender quem Sou!44
Flores Carnais:45
Há um Passo da Eternidade!!!46
Interrogatório?. 47
Justificando a Minha Contratação!!!54
Minha Vida, Teu Corpo!56
O Calculista!57
O Ser e o Profundo!58
Obsessão!59
Tensão e Loucura!60
Mauapuã Retorna de uma Caçada!61
Relatório Wandoik!64
Farol da Barra!66
Calcinha!67
Específico e Generalista ou Gozo Infinito!68
Flor do Oriente:69
Gosto de Ti!!70
Para Ti!71
Amor!72
Rosa Bruta:73
Soneto para Zildinha!!!75
A Beleza e o Tempo!76
Amor Estranho Amor!77
Lata!!!78
A Lágrima!79
Ceticismo e Visionariedade:80
Ócio:81
Soneto para Luiz Eduardo:82
Só?. 83
6 Hai Cais 000.001:84
6 Hai Cais 000.003:85
000.004 - Touro Sentado!86
Abismo!87
Êxodo!88
Amar!89
Amo Idolatrar-te!90
Dê Lírios!91
Face!92
Flor Combalida!93
Flor da Relva!94
Flor Triste I!95
Não é Tristeza Amor, é Amor!96
Olhos do Oriente!97
Revoada!98
Voltando aos ninhos.98
Contestação!99
Falar com Propriedade!100
Lucidez!101
Loucura!102
O Conquistador Barato!103
Um Ser Inferior!104
Um Ser Superior!106
Automóveis, Curvas e Retas:108
Bacanal Cármico:109
Flor Exótica:110
Navegação de Cabotagem:111
O Bufão:112
O Cilindro e o Triângulo:113
O Corcunda de Notre Dame:114
O Templo:115
Cético!116
Decomposição!117
Palavras de um Morto!118
Réquiem para a Morte!119
Tristão e Isolda!120
Milharal!121
Nova Poesia!122
Pietá!123
Sina!!!124
Fome na África:125
As Profecias que Noz Cagamos:126
Il Cont!127
Nobre Poeta:128
4 Quartetos 000.001:129
Crítica:130
Feridas:133
Traições ou traições do destino. 133
Na Calda do Cometa:134
Da Heterossexualidade Católica!135
Fome na África II!138
7 Horas!139
Atração Agropecuária!140
Nego Fugido!141
Os 15 Mandamentos da Mulher:142
Fêmeas:144
Ciências!145
Condeça?. 146
Cigana !!!147
Costa Norte:148
A Arte da Dissimulação!149
A Dualidade de Qualquer Pandora!151
A um futuro, um novo porvir.152
Tratado Irretocável Sobre a Bendita Escravidão Negra nas Américas!153
A Aristocracia Intelectual!158
Existencialismo e Loucura!161
Social Capitalismo!164
Verdades, Valores e Mentiras!166
Racismo ou Esteticismo!168
Nova Utopia!169
Expectativa!171
Soneto para Lúcifer!172
Soneto aos que Amam mais do que Odeiam:173
Soneto aos que Odeiam mais do que Amam:174
Entre Nós não pode Haver Segredos!175
Investimentos Radicalmente Imediatos para a Evolução da América do Norte!176
Subjugando e Construindo um Mundo Melhor:179
Time Sharring Division!184
O Meu Canto de Poeta!186
Tese de Doutorado – Medicina e Afins:188
Politicamente Correto!190
Politicamente Incorreto!191
Decadência!192
Abismo!193
De Toda Tola Despedida!194
Doces Olhos!196
Legislação Sexualista, Cartesiana:197
Teoria da Relatividade do Ódio!199
Nossa Oração de São Francisco de Assis!200
Templárias!?. 202
Carta para adolescentes, em especial Carol Aguilar:203
De Uba Gomes para seu Ascendente!207
Escolinha do Pequeno Executivo!209
A Estrela Dalva!210
Os Militares e as Ditas Duras!212
O Julgamento de um Criminoso de Guerra Militar por uma Casa Civil:215
Aos Poetas Assassinados de Todos os Tempos!219
O Banquete!220
Bioética!222
Etiqueta:223
Canyon:224
Pré-conceitos:225
Túnel:226
Um animal me espreita,246
Prefácio:
A emoção que eu senti quando meu pai me pediu para escrever este prefácio foi inexplicável!
Grande como meu amor por ele!
Imenso como meu respeito!
E feliz, feliz tal como a sensação de quando o sinto pertinho de mim!
Quando eu soube o que significava prefácio eu me senti importante, uma celebridade, já que quem escreveu o começo fui eu! Assim como ele escreveu o começo da minha vida com a minha mãe.
E essa sensação tão pura e grande não pode ser transmitida por nenhum sentimento além do amor.
O amor puro de uma filha para com o seu pai.
Autor: Luiza Gomes
Data: 26/06/2002 aos 12 anos.
Vulcano:
Quando dois vulcões se encontram num ato perpétuo de amor, as suas lavas incandescentes escorregam por suas crateras, petrificando qualquer objeto que se imponha em seus caminhos.
Aniquilando com seus gozos magmáticos qualquer forma de vida que desprevenidamente transite em seus tortuosos horizontes.
Gerando por filhos, novas pedras, novas terras, novas ilhas, novos continentes, num ato fervoroso de amor; de amar avassalador de frágeis existências vívidas que têm por morte os seus destinos.
Mas o fogo que escorre dessas paixões intraterráqueas, é o mesmo fogo que corta nossos corações, que devora nossas almas ensandecidas e incendeia os nossos instintos, ó dolce vita, ó magnética fruta espirituosa do amor.
Quando nos colocamos cara a cara, face a face, gozo a gozo no nosso ato multifacetado de amor.
Oh encantadora forma vulcânica e feminina; só desejo que venham das entranhas dos nossos corpos ardentes, as lavas incandescentes e vivificantes de amor, que serão o sustentáculo perpétuo de nossa união magmática e que fornecerão os frutos atemporais, incandescentes, fortes e viris, que farão parte da união de nossos magmas resfriados.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 31/12/1999
Teatro Ocavongô ou Teatro de Ouvido ou Teatro Eduardo Gomes!
Arquitetura do Teatro:
Uma espectadora para um intérprete...
Um espectador para uma intérprete...
Um homossexual para um homossexual...
Vários espectadores; para vários interpretes... Separadamente e simultaneamente...
Conteúdo Programático:
Recital de poesias, textos, piadas, músicas e etc... Diretamente interpretado no ouvido do espectador...
Poesias:Teus Olhos, Canyon, Vulcano, Shirlene Conceição, Morena, Capitalizando Imbecis, Vida Errante, Face, Vagina, Boceta, Tesão Vaginal e etc...
Textos:O Ocaso do Pensamento, Time Sharring Division, O Andarilho, Arte: Mentira ou Dissimulação e etc...
Piadas:Diversas...
Músicas:Diversas... Preferencialmente Românticas...
As faces devem estar coladas ou não em sentidos contrários, sendo que a boca do intérprete deve estar disposta junto ao ouvido do espectador...
O intérprete não pode ter mal hálito (deve ter acabado de escovar os dentes), não deve utilizar nenhum tipo de perfume ou qualquer odor que não seja o do corpo recém tomado banho, não deve utilizar desodorante (utilizar o talco Cutizanol que é inodoro).
A voz do intérprete deve ser adequada para o tipo de apresentação, deve ser suave, o tom tem de ser: baixo e agradável, a voz deve ser melódica...
Em apresentações particulares o interprete poderá utilizar o que for ao gosto do espectador...
Locais de Apresentação:
Teatros físicos,
Ao ar livre,
Nos motéis,
Nos puteiros,
Nos restaurantes... A dois!
Nos bares... A dois!
Em qualquer lugar, em qualquer momento!
As apresentações podem ser singulares ou mistas:
Singulares:Só poesias! Só músicas! Só piadas! Só textos! E etc...
Mistas:Um texto, uma piada, uma poesia, uma Música e etc...
Nota: Este teatro é evolucionista e aceita sugestões de outras cabeças pensantes...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 12/04/2003
Arte, Mentira ou Dissimulação?
O artista ilude não só para o seu próprio gozo, retificando a realidade com o intuito virtuoso e sinistro de desmistificar a bestialidade que nos impera. Forjando laços recorrentes de inverdades, transformando esterco em lindas beldades por pacto, por erudição, por dissimulação com o apoio velado de toda a sociedade que simplesmente da realidade, fervorosamente não a suporta...
Que seria da prosa se não houvesse o perfume doce da poesia? Seria triste imaginar um mundo onde tudo que se versasse tivesse apenas compromisso com o real, abandonando a prerrogativa de sonhar, deixando de lado a qualidade do não ser e ser apenas ceticismo ante a visionariedade que nos cala as tormentas do quotidiano.
Que espécie de cheirume escravagista de mentes teríamos de consumir de então, se nos quadros, telas nada mais que naturezas mortas fossem tingidos. E o novo, o belo que nos encanta e nos produz sentido metafórico à vida, por onde andariam? Quem seriamos: Senão máquinas se podássemos dos artistas a prerrogativa de criar, inventar, recriar, mentir, dissimular, mistificar, sacralizar e ludibriar ao seu público que encantado, extasiado, Sorri, Chora e Sente.
Por onde navegariam nossas angústias senão sobre nossas testas se não pudéssemos fingir apenas, não temos razão para não ser felizes e radiantes, alegres e sorridentes eis que da vida nos cabe a melhor parte e se se falar de morte que se minta e que se a mate.
Qual perverso seria o mundo sem a arte que nasceu com a ascensão mental do homem desde as eras mais primitivas, subtilmente grafando em pedras seu mundo interior e ulterior... Quantas poesias nestas pedras, quantos versos de dor e tristeza, quanta glorificação à caça que nos foi por milênios nosso tenro alimento.
Portanto caros artistas (pintores, poetas, filósofos, consortes, músicos, cientistas, religiosos, escritores e etc ) mintam, dissimulem: Reprocessem esta maldita realidade mesquinha e não permitam que ela nos abata e nos deprecie... Construam castelos de areia, vidas imaginárias, salvações e metáforas que nos façam suportar esta passagem terrenalista (única eu sei, mas não devo acreditar! ) da melhor forma possível!
E a melhor forma é gozar de prazer no bojo da arte, no balaio de gatos da poesia, na sinfonia desarmônica da música quotidiana, na felação da verdade pelos religiosos... E que não sejamos jamais pobres de espírito condenando a arte e seus aficionados por todo os conjuntos de mentiras que se fazem necessárias para que não percamos a lucidez no meio de tanta destruição, incompreensão e degradação que nos rodeiam...
Filhos que somos desta mãe impiedosa, a Natureza, mas que mesmo assim não devemos deixar de amá-la pelo simples fato de ter nos permitido forjar a arte, mesmo que seja com tijolos de mentira numa argamassa dissimulada!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/12/2004
Katucha!
À minha mãe com muita saudade!!!
N’um traço sensível d’eternidade; o pincel.
Na mão suave d’uma poetisa,
Poesias vivas sobre as telas,
Retratando belezas exóticas, nativas.
D’óleo rubro; a boca sensual...
Traços marcantes inundam os olhos; lágrimas: d’alegrias, de dor...
Marcam n’alma, admiradores delirantes...
Do lirismo que enaltece qualquer tela.
Artista de espiritualidade cativante,
Personifica matéria em vida,
N’uma originalidade d’uma Diva!
Sete dias, dez trabalhos, u'a mente,
Articulando para o gozo inebriante,
Dos Humanos que introjetam o que sentes...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 14/08/2003
Poetas Assassinados:
Por traz do Capital Norte Americano encontrava-se o Capital Especulativo Internacional Aristocrático-religioso; construindo paradigmas dignos de sua própria essência, em excrescência, pederastia, mel, fel e cicuta. Assassinato de todos os poetas intelectualizados do mundo que versassem as verdades, até dentro de seu próprio povo, sábios e cultos, com o intuito, não mais secreto de se perpetuar no poder, matando à ordem do ódio, da cobiça, do etnocentrismo, do sectarismo, do genocídio equivocado, da ultra pederastia; utilizando-se de assassinos profissionais prostituídos de diversas classes sociais e de trabalho, inclusive intelectuais e principalmente militares e grupos de extermínio; incapazes de pensar na articulação de um mundo melhor, o nosso mundo que hora implantamos, excluindo-se hoje em dia do seu âmago interior e de sua essência por pertencerem à um passado de genocídios e atrocidades em nome da manutenção do dinheiro e do poder em suas mãos, ignorantes da providência natural divina que tudo controla sorrateiramente (mutação, seleção, evolução), a qual tentaram imbecilmente aniquilar como se pudessem ir de encontro à Natureza do Homem e pudessem jogar contra ela, quebrando o paradigma Natural da Evolução e implementando o paradigma religioso da Involução, ignorantes da miséria da hora de passagem, na qual nem mesmo o Espírito se leva, os dito aristocratas-capitalistas-selvagens que os chamo de devoradores de pica vorazes, hora não nos servem mais de empecilho. Aos golpes do machado bronco, derrubou-se a alma do velho tronco, que teve de ser cercado e podado para que nós vivamos e o passado que se adeque ao que nós os imputarmos ou então feneça!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999
Chuva:
Se a chuva te molhar, te enxugo!
Se não te molhar, te molho!
Sem água é que não vais ficar!!!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 26/06/1999
Frida Flor!
Rosa, ó flor que chora!
Do México a flor menina...
Frida; rosa divina!
Moça do amor que aflora.
Outrora na praia da vida
As ondas do mar nos levam
Ceifando de nossas vidas
Amores carnais
Sexuais
Paixões de inteligência pura
Sede de comunhão
Dos corpos que não se misturam, como areia...
Das mentes que se admiram
Na troca de suas poesias...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 11/04/2003
Shirlene Conceição!
Perdão pequena flor! Perdão!!!
Por ti, em prantos, choro todas as minhas mágoas!
Por ti pequenina menina, que dos pobres pais, ao nascer, foste abandonada.
Órfã! Sozinha, neste mundo cruel! Sem Deus! Só cruz! Crucifico-me!
E condeno-me a derramar todas as lágrimas; arrependido, envergonhado, não pelo ato, mas pela omissão!?
Que do anjo ao ouvir o pedido!? Que da santa, que me sussurrou aos ouvidos, meu senhor, meu bom homem,
Tu que tivestes das sortes a maior, tu que vives com teus pais ao redor, sorte de amar e ser amado,
Sensibiliza-te por Shirlene Conceição, a três anos a pequenina florzinha do Cerrado!?
Vái lá, meu bom homem!? Vái lá!?
Rua das quintas, sem número, um sobrado!
Mil crianças no chão, coração esfacelado; Shirlene Conceição não é a flor do pecado!!!
Dá lá, meu doutor, seu recado, acaricia a florzinha do sobrado!?
E regai por amor seu jarrinho, dez tostões construirão este ninho, dez tostões não serão o teu fardo!?
Sim eu vou, sim eu vou. Eu não fui!? Ai que dor! Ai que dor! Como é ruim!
De amar e amar, ser amado!?
Rejeitar, rejeitar do sobrado, a santinha florzinha do Cerrado!?
Meu senhor! Minha senhora! Não descarto; a detestável omissão do meu ato!
De ao menos, por mês, por um pacto, me entregar à este amor no orfanato,
De enxertar com tostões um bom prato.
E agora, no meio desta natureza morta, deste mato, desta selva de pedra, hiato,
Não consigo cruzar meu retrato!!!
E a cada dia, criança sofrida, te procuro neste mundo abstrato!?
Pois te encontrar vai sarar a ferida, desta outra criança sofrida!?
Encontrar-te pra botar no porta-retratos, ó querida;
a minha face ó criança esquecida, a beijar-te pra sempre, que ato!
E de fato selar nossas vidas, com carinho, muito amor e um bom prato!!!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/03/2000
Revolução Ultra Contraditória!
Lema da Revolução Francesa: Libertée, igalitée et fraternitée.
Como liberdade contradiz igualdade e fraternidade!
Logo não pode haver liberdade onde há igualdade e fraternidade!
Como igualdade contradiz fraternidade!
Logo não pode haver igualdade onde há fraternidade!
Logo liberdade, igualdade e fraternidade são excludentes!
Onde existe uma delas não pode haver nenhuma das outras duas!
Vive la Française Revolucion Française!!!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 21/05/2004
Equação de Einstein!
E = M * CC
Onde E é variável! Mas deve ser determinada previamente...
Onde M é variável, mas deve obedecer a um coeficiente ideal para que a “E desejada seja alcançada”!
Onde C é fixo no tempo e no espaço?! Sofrendo desvios e refrações de sua propagação no espaço que não é um meio uniforme...
Logo se conclui não se tratar de uma equação determinística!!!
Como qualquer objeto da Matemática, da Física, da Ciência, da Natureza, do Universo, tudo é contextual, tudo é relativo, tudo depende de referências...
A perfeição em tudo é surreal, ela está nos olhares paternais e maternais, está no amor desinteressado, nos bichos polinizando as flores...
Então E = CM * CC
Onde CM (coeficiente de massa) é pré-determinado.
Onde C é variável, instável.
Logo esta equação não se resolve, salvo considerando-se um valor pré-determinado para C e tendo consciência que esta solução é contextual...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 22/08/2009
Viúva Negra:
Quero gozar do prazer dos teus beijos
Mesmo que me espreites com o teu tridente deletério.
O teu mistério é o teu amor e o teu desejo
De devorar todo o calor do meu viver.
No devaneio da tua teia paradisíaca
Estou no meio do descompasso do meu coração.
A tua ceia é o meu leito de vida e de morte
Sou seu consorte que enfrenta a morte por teu tesão.
Aracnídea rainha de deleite nocivo
Mortífera amante de negro sorriso
Sou o mercenário que vende a vida pelo teu coito
És meu calvário; meu veneno convidativo.
Nos armários dos sobrados tempestivos
Ou no canto das muralhas, sou um morto vivo.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 18/08/2001
Cupido Mórbido!
O irresoluto desespero escarra,
No inominável poder da sabedoria,
Que ante a régia e ignóbil talha,
Sente na carne a derradeira filosofia!
Selvajaria cujo arpão traspassa,
A fragilíssima proporção corpórea,
Que se desintegra no fio da navalha,
Que sente as regras da fatal história!
E a moratória que a Natureza empresta,
Não sorve a testa, a leveza glória,
Não cede às chagas do que não tem sentido!
Cupido mórbido que ao amor da morte “incesta”,
Pendão tão sórdido a degradação da vida,
Doce mistério que ao Universo contesta!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/10/2001
Flor de Carne!
Minha boca na tua flor.
Minha boca na tua carne.
Minha língua, teu sabor.
Meu sabor na tua língua.
Língua, flor, sabor, carne.
Lambo os lábios, lábios grandes, grandes lábios.
Meto a língua, roço a língua nos teus lábios.
Provo do teu néctar, transpasso-te por minha espada.
Tetas grandes, belas tetas, tetas lindas.
Grande bunda, a minha faca se farta.
Farto corpo, corpo carne, carne flor.
Belo clitóris; boa língua, delicioso paladar.
Farto cheiro, cheiro doce, doce amor.
Boca farta, olhos lindos, bela flor...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 15/06/2001
Maria Madalena!
Faz 2000 anos que te provei
Faz 2000 anos que sofro sem ti
Maria Madalena meu amor
De todos os martírios que sofri
Perder-te foi a maior dor!
Perder-te foi a razão de me destruir!
Tu que me fizestes homem
Escravo dos teus sorrisos
Eu que te protegi dos homens, das mulheres, do paraíso...
Só desejei viver contigo nosso amor
Mas fui confundido com um Deus
Lincharam Minh ‘alma
Apedrejaram meu coração
Exacerbaram minhas carências
Quando me afastaram de ti...
E te assassinaram moralmente
E eu que provei do teu mais puro amor e perdi
Vi na cruz a salvação do meu martírio
Nos espinhos o delírio de uma multidão enfurecida
Com o meu amor por ti...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 06/09/2002
Casta Puta!!!
Pura ou puta?
Casta ou devassa?
Sou amante das putas!!!
Sou amante das castas!!!
Se és casta; torno-te puta!!!
Se és puta; torno-te casta!!!
Casta puta!
Puta casta!
Da labuta que vivem as putas,
Da conduta que seguem as castas,
Sou o algoz que devora com raça,
A carcaça imaculada da puta,
A carcaça devassa da casta,
Amém!!!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 25/07/2001
Prostíbulos!
As lápides, legados dos prostíbulos,
Espreitam a tua sina e a tua sorte,
Vítima que desde a infância à própria morte,
É consorte dos amores mais lascivos.
Poetista de sonetos deletérios,
Anarquista que transpassa a estratosfera,
Dos delírios que arrebatam tua razão,
No calvário do padecer infinito.
Embriagado por prazeres eruditos,
Extasiado pelo gozo das bacantes,
Recanto dos invólucros mais promíscuos...
Tu que és vício, viciado libertino!
Tu que és torto, torturada consciência!
Da carência que tu vives por destino.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 10/08/2001
Um Canto Asteca!
Os poetas são como todos,
Querem consumir a beleza!
Os profetas são como tolos,
Querem confundir com safadeza!
Os pensadores são como touros,
Sentem-se os mais importantes!
Os escritores são para os tesouros,
Virtuoses são os seus escritos?!
Os prostituídos são como abutres,
Consomem o que lhes consumirão!
As prostitutas são como flores sem terra,
Não têm mais raízes de ilusão!
Rezo pelos Astecas,
Rogo às meretrizes,
Perdoem os navegantes...
Teus filhos, teus consortes...
Eles só reconhecem tempestades.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 06/09/2002
Violeta!
Bebamos nestes cálices, que florescem da vida a beleza,
Livremos dos corpos os males, que refletem a dor e a tristeza,
Bebamos neste doce frenesi, que surge com o amor,
Porque os olhos do coração, onipotentes vão.
Cantemos, dancemos aos pares,
Embalemos dos corpos ao prazer,
Porque se na vida há males,
Não paremos para depois fenecer.
Bebamos no doce frenesi, que surge com o amor,
Porquê da vida o calor, der repente passará,
Bebamos, bebamos dos cálices,
E os beijos; mais ardentes teremos!
Bebamos no doce frenesi, que surge com o amor,
Porque os olhos do coração, onipotentes vão.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/08/2001
Capitalizando Imbecis!
Ao 11/09/2001! Ao Capitalismo, Comunismo, Socialismo, Anarquismo, Social Capitalismo, Terrorismo, Futebol, Religiões, a Mídia e outros Instrumentos de Manipulação de Massas
Das frontes e das pontes desta batalha inglória,
Urge a história de nossas vias errantes!
Partidários dos metais que ante a massa insurgem-se,
Lutam por erários ante a, prevaricações carnais!
Nos anais da ignorância que os exasperam,
Vivem honorários dos artifícios involutivos!
Embriagados pelo coito cujo dinheiro resvala,
Em antítese desproveem os raquíticos!
De malícias imbecis e capitalizações cegas,
Cedem as pregas para as regras do imponderável!
Calvário cujo inventário prediz parca sabedoria!
Alegorias das origens mais servis,
Da submissão da sapiência à intolerância,
Na ganância mesmo guardam a própria gala!
Autor: Eduardo Gomes
Data: 25/09/2001
Boeing Boeing 767!
Máquinas, carnes humanas, mentes sãs, mentes insanas,
Num genocídio suicida,
Aço e corpos aos pedaços,
Vaporizados em vida!
Ardidos no fogo de aberrações religiosas, políticas, culturais...
Esmagados por entulhos financeiros,
Numa disputa econômica...
Qual é o povo divino?
Intolerante, vil, maldita e ignóbil...
Duas máquinas visionárias,
Frutos da mais bela tecnologia,
Servindo a uma antropofagia,
A uma carnificina sanguinária...
Retorcendo Dumont no túmulo,
Que agonizante de dor, mugiu:
Que cruel desventura!!!
Ver a criatura contra seu criador...
Autor: Eduardo Gomes
Data: 12/02/2003
Ladrão de Galinhas!
Pobre do ladrão de galinhas,
Não conseguiu se eleger!
Roubou para comer!
Roubou farinha!
No cárcere da miséria,
Sente na carne o poder da fome!
Morte que lhe desgraça,
Rapadura que lhe consome!
Como cortar a fome,
Do pobre em inanição?
Dor que não tem nome!
Da Silva, José, João,
Esquálidos, esqueléticos, raquíticos,
Morrem em desnutrição.
Autor: Eduardo Gomes
Data: 20/09/2002
Linchamento!
A multidão estava sedenta de sangue!
Capturaram um inimigo!
Bateram, lincharam!
Degolaram, queimaram, esquartejaram!
Desceram na ordem cronológica,
A uma era primitiva,
Anterior à civilização?
Arraigada no nosso sistema límbico!
Desejo universal e humano,
Que agredido, agride,
Na simples ló
Autor: Eduardo Gomes Data: 25/02/2019
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