Decomposição!
Cabeça esfacelada, miolos à mostra,
No fundo a fumaça de um caminhão!
Barriga aberta, vísceras expostas,
E as marcas dos pneus ficaram no chão!
Translado ao cemitério,
Caixão à mostra,
No fundo murmúrios de tórridas orações,
Nos olhos lágrimas, triste desolação!
Cabeças confusas, expostas ao martírio,
Respostas vazias, perguntas complexas,
Flores já mortas, negros perfumes!
No buraco do chão, se esvai o caixão,
Vermes famintos, baratas contentes,
Recompõem a vida, da fétida decomposição!
Autor: Eduardo Gomes Data: 20/07/2001
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