Karinna!
Seu sonho de infância era ser bailarina,
Pedia, quero uma sapatilha!
Vivia numa periferia de Santa Catarina,
Seu pai pertencia à uma quadrilha!
Traficando, morreu, deixando mulher,
E a pequenina Karinna,
Ao triste gosto da sorte,
Que as sentenciou à prostituição.
Karinna, fazia ponto, no posto de combustível,
Que sina mais terrível,
A da pequenina bailarina!
Ver seus sonhos de menina em combustão,
Ter seu seio esquerdo extirpado,
Pela navalha dum motorista de caminhão!
Autor: Eduardo Gomes Data: 10/11/2005
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