Quando dois vulcões se encontram num ato perpétuo de amor, as suas lavas incandescentes escorregam por suas crateras, petrificando qualquer objeto que se imponha em seus caminhos.
Aniquilando com seus gozos magmáticos qualquer forma de vida que desprevenidamente transite em seus tortuosos horizontes.
Gerando por filhos, novas pedras, novas terras, novas ilhas, novos continentes, num ato fervoroso de amor; de amar avassalador de frágeis existências vívidas que têm por morte os seus destinos.
Mas o fogo que escorre dessas paixões intraterráqueas, é o mesmo fogo que corta nossos corações, que devora nossas almas ensandecidas e incendeia os nossos instintos, ó dolce vita, ó magnética fruta espirituosa do amor.
Quando nos colocamos cara a cara, face a face, gozo a gozo no nosso ato multi-facetado de amor.
Ó encantadora forma vulcânica e feminina; só desejo que venham das entranhas dos nossos corpos ardentes, as lavas incandescentes e vivificantes de amor, que serão o sustentáculo perpétuo de nossa união magmática e que fornecerão os frutos atemporais, incandescentes, fortes e viris, que farão parte da união de nossos magmas resfriados.
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