Auge ( Sylvia Plath )
A mulher está perfeita. Morto,
Seu corpo mostra um sorriso de satisfação, A ilusão de uma necessidade grega
Flui pelas dobras de sua toga, Nus, seus pés
Parecem nos dizer: Fomos tão longe, é o fim.
Cada criança morta, uma serpente branca, Em volta de cada
Vasilha de leite, agora vazia. Ela abraçou
Todas em seu seio como pétalas De uma rosa que se fecha quando o jardim
Se espessa e odores sangram Da garganta profunda e doce de uma flor noturna.
A lua não tem nada que estar triste, Espiando tudo de seu capuz de osso.
Ela já está acostumada a isso. Seu lado negro avança e draga.
Poema de Sylvia Plath, tradução do poema EDGE por Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça.
Autor: Eduardo Gomes Data: 22/11/2005
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