Toda Poesia ( Geraldo Máia )
Te esquecer é como domar tornados. Tornado estou à tua devoção.
Rasguei noites a fio. Venci os desafios do pranto.
Torci os fatos e as entranhas. Gritei estranhas maldições.
Fui viril, menino, fé, felonia. Meus olhos despiram-se de sonhos. Minhas mãos despediram-se por milênios.
Roguei ao espírito da demência. Para tirar a lucidez do grito.
Que te retém em mim. E nem assim foi possível, Te esquecer uma vez.
Em cada letra, sílaba, palavra, Frase, verso, poema gesto.
Quase não sei mais o que fazer Tentando esquecer, Que és incessante, Toda poesia. Poesia de Geraldo Máia.
Autor: Eduardo Gomes Data: 18/10/2005
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