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Canto para Madonna!

O tempo não me foi remédio,
Para a dor do teu abandono!
O tempo me foi insólito,
Tirastes-me o sono!

O tempo não me foi empencílio,
Para ainda sofrer de tanto amor!
O tempo não me foi consolador,
Posto que encontro-me no exílio!

O tempo me foi ilusão,
Como uma cana azeda que não se toca o gosto!
E o meu coração desiludido, despedaçado,
Vive em tamanha contradição!

O tempo não me foi unguento,
Para estancar a ferida,
Dest’alma desvanecida,
Por ti, em constante sofreguidão!

O tempo serviu-me de artimanha,
Para produzir o improduzível,
Não de forma perecível,
Para desenterrar nossas entranhas! 

O tempo não me foi resposta,
Para as perguntas que não calo no peito,
Viver sem amor tem sujeito,
Mas não tem conjugação!

O tempo me foi conquista,
Para jamais mudar de ponto de vista,
Jamais mudar de opinião,
Jamais cair em contradição!

E isto que parece improvável,
Um ser que não se contradiz,
Parece mais uma ilusão treda e feliz,
Dum poeta louco e desvairado,
Por um coração de cantriz!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 05/06/2005

 

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