Cupido Mórbido!
O irresoluto desespero escarra, No inominável poder da sabedoria, Que ante a régia e ignóbil talha, Sente na carne a derradeira filosofia!
Selvajaria cujo arpão traspassa, A fragilíssima proporção corpórea, Que se desintegra no fio da navalha, Que sente as regras da fatal história!
E a moratória que a Natureza empresta, Não sorve a testa, a leveza glória, Não cede às chagas do que não tem sentido!
Cupido mórbido que ao amor da morte “incesta”, Pendão tão sórdido a degradação da vida, Doce mistério que ao universo contesta!
Autor: Eduardo Gomes Data: 03/10/2001
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